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TBRI (trust-based relational intervention) – intervenção baseada em relacionamento de confiança

1 - Raquel de Brito Oliveira Hatcher 2 - Delton Vaughn Hochstedler

Disponível em: Eventos

Descrição

Crianças e adolescentes que experienciaram desde muito cedo adversidades, passaram por estresse crônico, traumas interpessoais como negligência, abuso físico, abuso psicológico, abuso sexual, violência doméstica, resultando em trauma complexo do desenvolvimento (TCD), tendem a manifestarem desorganização do sistema de apego, do afeto, do sistema fisiológico, dissociação, desorganização do comportamento, cognição e autoconceito (COOK et.al, 2003). Outros estudos ainda mostram problemas de comportamento, déficit em quase todas as áreas do desenvolvimento, e sintomas de estresse pós-traumático (PURVIS et. al, 2015), bem como obstáculos para o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis (VERHULST, 2000). Pesquisas demonstraram que o estado de medo crônico também obstrui o funcionamento cognitivo e emocional (ANDA et.al, 2006). Essa é uma realidade difícil para àqueles envolvidos no cuidado diário, pois trabalham muitas vezes sem terem o treinamento necessário de como interagir com essas crianças e adolescentes, sentindo-se despreparados e impotentes para enfrentarem diversas situações que surgem diariamente. TBRI (Trust-Based Relational Intervention), é uma abordagem que integra intervenções fundamentadas em pesquisas científicas, tendo como base a teoria do apego, neurociência, e a compreensão de como o trauma complexo do desenvolvimento (TCD) afeta todas as áreas da vida de uma criança. TBRI visa atender, de maneira holística, as necessidades dessas crianças e adolescentes marcadas por uma história de adversidades e traumas relacionais. Prestar um serviço onde o cuidado é baseado no conhecimento sobre as consequências que o estresse crônico acarreta, é o primeiro passo para um cuidado que prioriza o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais, cognitivas, e promova a autorregulação, a sensação de estar seguro, de pertencimento, de significado, e tantas outras competências. Todavia, nada disso é possível quando não existe um relacionamento de confiança e apego entre o cuidador e a criança ou adolescente. Intervenções que consideram o efeito do trauma, reconhecem também a importância de relacionamentos saudáveis e duradouros para superação e resiliência (PURVIS; DANSEREAU; PARRIS, 2013

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