Ainda há tempo: o acolhimento familiar de adolescente de 17 anos - um relato de experiência

Capa:Ainda há tempo: o acolhimento familiar de adolescente de 17 anos - um relato de experiência

Autor(es): 1 - Aline Sicari 2 - Thalita de Freitas Rocha 3 - Aline de Jesus Alves 4 - João Artur de Falco Tizzo 5 - Sofia Guedes Thomazelli Barcelini


Resumo: Neste relato de experiência, compartilhamos a prática de acolhimento familiar de adolescentes, desenvolvida em um Serviço de Acolhimento Familiar/Serviço Família Acolhedora (SFA), em uma cidade do interior de Minas Gerais. Apresentamos a experiência de acolhimento de duas adolescentes do sexo feminino, as quais foram transferidas de um Serviço de Acolhimento Institucional, da mesma cidade, para o Serviço Família Acolhedora, sendo uma delas com idade de dezessete anos e nove meses (Adolescente 1) e outra com dezessete anos e cinco meses (Adolescente 2). Ressalta-se que se trata de dois acolhimentos que aconteceram em momentos distintos, com famílias acolhedoras diferentes, mas que são atravessados pela singularidade do acolhimento com adolescentes próximas a completar a maioridade civil - dezoito anos de idade; e serem automaticamente desligadas da medida de proteção. Além disso, ambas experiências de acolhimento apresentam como peculiaridade o acolhimento de longa permanência em famílias acolhedoras. Apesar das semelhanças, os acolhimentos das adolescentes possuem configurações diferentes, que auxiliam no processo de compreensão das especificidades de cada medida de proteção. A Adolescente 1, foi acolhida por uma família que se voluntariou a ser família acolhedora específica da mesma; visto que em ação de convivência familiar e comunitária da instituição de acolhimento em que estava inserida, a família a conheceu, estabelecendo uma relação atravessada pelo afeto e cuidado. Após preencher os pré-requisitos objetivos e subjetivos, a realização do curso de formação e do estudo psicossocial, esta família foi habilitada como Família Acolhedora e de imediato iniciou-se o acolhimento da adolescente em questão, a qual já conhecia a família acolhedora e manifestava-se desejosa pelo acolhimento. Diferente do primeiro exemplo, a Adolescente 2 foi acolhida em família acolhedora como uma medida de urgência, diante da situação de risco que se encontrava no Acolhimento Institucional. Apesar da resistência em estar em acolhimento familiar, a circunstância possibilitou que a adolescente aderisse ao acolhimento e com isso estabelecesse uma relação de confiança e segurança com os acolhedores. Durante o acolhimento, a equipe técnica, junto ao Ministério Público da Infância e Adolescência, identificou a necessidade de inserção da adolescente no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), do Estado de Minas Gerais. Porém, devido às condicionalidades instituídas pelo PPCAAM para a efetivação da proteção, a adolescente não foi encaminhada ao Programa


Palavras-Chave: Acolhimento familiar; Serviço de acolhimento familiar; Criança e adolescente; Assistência social; Proteção


Descrição Física: 4 p. : PDF


Imprenta: Campinas, SP, 2023