Memórias da educação física na escola: cartas de professoras

Capa:Memórias da educação física na escola: cartas de professoras

Autor(es): Eliana Ayoub


Palavras-Chave: Educação física, formação de professores, corpo-escola-memória, prática pedagógica


Notas: E MEU CORPO ME MOVIMENTA PARA ESCREVER, MAS NÃO SÓ! Campinas, abril e maio de 2021. Caras Leitoras, Caros Leitores, Querida Nana… Não poderia me furtar, nesta carta prefacial, de dizer, para vocês leitoras e leitores, quantas foram as alegrias por ter sido escolhido para fazer a leitura deste livro da professora Eliana Ayoub, conhecida afetuosamente pelos colegas, amigas e amigos como Nana. Alegria que segue pelo trabalho em partilha em diversas instâncias universitárias, seja no contexto da Faculdade de Educação ou no âmbito da Comissão Permanente de Formação de professores ou no trabalho coletivo junto à equipe de coordenação institucional do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (desde 2010) ou, mais recentemente, do Programa Residência Pedagógica (desde 2020). O título “Memórias da educação física na escola: cartas de professoras” já é uma primeira alegria, porque enseja não só dar a ver memórias de professoras – recolhidas em anos de incansável trabalho comprometido com a educação física escolar – como também, apresentado em forma de cartas, coloca-nos – seus leitores e suas leitoras – a imaginar e a remexer nossas próprias memórias em diálogo com os anos de movimentos corporais vividos no cotidiano de nossa vida escolar. Essa imaginação efusiva da Nana, comprometida com o trabalho formativo de professoras e professores, mais especialmente centrado nas professoras neste trabalho, tive o privilégio de acompanhar de perto. Nos diversos momentos em que ela, sentindo necessidade de uma conversa mais aprofundada, convidava-nos para um café da manhã ou um lanche da tarde (sim, ela conversou com muita gente para produzir esse maravilhoso trabalho!). E entre mordidas de biscoitos, uma reflexão dialogando com Bakhtin, Banyai, Barros, Benjamin, Bolle, Borges, Bozi, Bracht, Brasileiro e Burke (para ficar na letra B, entre literatos e acadêmicos) e goles de café e chá, íamos construindo aberturas outras para o trabalho com cartas no âmbito da formação de professores e nos contextos de pesquisa educacional. Essas boas conversas, diálogos aprofundados, respeitosamente constituídos na radicalidade alteritária, como nos ensina Bakhtin, possibilitaram que Nana, no diálogo com as cartas das professoras, agenciasse palavras e contrapalavras a produzirem um conhecimento científico eticamente comprometido e socialmente relevante, seja em relação às práticas corporais na escola ou nos processos de formação docente. Cada um dos capítulos-cartas, movimenta-nos de formas diferentes, fazendo-nos experimentar inúmeras práticas corporais vividas tanto nas diversas metodologias de ensino propostas no contexto da educação física na escola, como também passeia pela própria história da educação física em sua relação com as culturas corporais presentes em nossa sociedade brasileira, mas não só... Guilherme do Val Toledo Prado (amigo, leitor, professor da Faculdade de Educação da Unicamp, pesquisador do GEPEC [Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada], estudante de Bakhtin, pai da Manuela e do Felipe, esposo da Luciane e…)